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24.09.2024 às 12:06

O que explica recorde de incêndios no Pantanal

BBC

Imagine a cena: um caminhão rodando por uma estrada solta uma pequena faísca que é suficiente para fazer pegar fogo na vegetação ao lado.

O fogo se espalha tão rapidamente que alcança o próprio caminhão, que pega fogo e explode.

Pode parecer uma cena de filme de ação, mas aconteceu de fato, numa estrada do Pantanal. E uma série de fatores contribuem para tornar possível uma cena como essa na região.

De início, dá para ver que o Pantanal atingiu, entre agosto e setembro, a "Regra dos 30" (que é uma expressão comum entre as pessoas que trabalham com fogo): 30 dias sem chover, umidade abaixo de 30%, temperatura acima de 30ºC e ventos acima de 30 km/h.

Mas, além da conjunção de tantos 30s, essa é uma região forjada no fogo, dependente dele. É uma área úmida, onde não se imagina o fogo como parte da paisagem natural. Mas ele é fundamental para a manutenção das características do local.

Os lugares que mais queimam no Pantanal são também os lugares que mais inundam, semelhante ao que ocorre no delta do Okavango, em Botsuana. Nos períodos úmidos, há muita produção de matéria orgânica.

Muitos dos capins do Pantanal são adaptados ao fogo, e produzem muita matéria seca, ou seja, crescem e, quando rebrotam, o capim do ano anterior seca e permanece ali. Nos períodos secos, essa biomassa produzida fica disponível para queima.

Atualmente, o Pantanal está vivendo um período de uma seca extrema, que começou em 2019.

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