Lucas Bombana
São Paulo, SP
Em um cenário de aumento da taxa de juros e inflação pressionada que contrai o poder de compra da população, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, afirmou que os índices de inadimplência do banco devem seguir na recente trajetória de alta nos próximos meses.
“Ainda vemos a inadimplência crescendo no segundo semestre, a depender das condições de emprego e renda”, afirmou Lazari Junior, durante conversa com jornalistas nesta sexta-feira (5).
O índice de inadimplência acima de 90 dias do Bradesco encerrou junho em 3,5%, contra 2,5% em junho do ano passado, e 3,2% em março deste ano, de acordo com os dados do balanço referente ao segundo trimestre divulgados na quinta-feira (4).
A expectativa do banco é que o índice tenha um aumento ao redor de 0,1 ponto percentual durante o terceiro trimestre.
A alta da taxa de atrasos nos últimos meses teve influência importante do comportamento das pessoas físicas. O índice de inadimplência desse público foi de 4,8% no encerramento do segundo trimestre, ante 3,4% em igual período de 2021, e 4,4% no final do primeiro trimestre deste ano.
Entre as micro, pequenas e médias empresas, a inadimplência foi de 3,9%, contra 2,6% há um ano, e 3,6% no trimestre anterior. Já entre as grandes empresas, os atrasos acima de 90 dias foram de apenas 0,1%, contra 0,4% em junho de 2021, e estáveis na comparação trimestral.