Terminou por volta das 7h desta quinta-feira (22) o prazo estimado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos para o oxigênio disponível no submarino da OceanGate, que está desaparecido desde domingo (18) após iniciar uma expedição aos destroços do Titanic.
À rede britânica BBC, o ex-comandante de submarinos na Austrália Frank Owen comentou que o barulho poderia indicar que o veículo estaria flutuando perto da superfície e que seus tripulantes ativaram o protocolo de emergência o som é a forma de comunicação no oceano, baleias e botos usam, assim como os humanos.
Contudo, até a publicação deste conteúdo, a Guarda Costeira não atualizou informações sobre o que eram as batidas. Na manhã de quinta-feira (22), um robô que alcança águas profundas e que está sendo utilizado na busca do submarino desacelerou no mar, o que pode indicar que tenha encontrado algo. Conforme relatou, mas nenhuma atualização teve divulgação.
Oito navios, além de aviões e sondas, trabalham para encontrar o submarino. A operação é feita a 600 km da costa do Canadá.
À CNN, Joe MacInnis, médico e mergulhador renomado que fez duas viagens aos destroços do Titanic, afirmou que um dos tripulantes, Paul-Henri Nargeolet, é, além de seu amigo, um “líder extraordinário” em situações de crise. Assim, os tripulantes provavelmente estariam sendo bem instruídos no que diz respeito a manter a calma e poupar o ar.
“Ele esteve em todos os tipos de situações problemáticas e as resolveu. Ele é o cara que você quer ao seu lado nesse tipo de situação. Está frio, está escuro, então eles vão economizar energia. Descansando, respirando o mínimo possível e tentando manter a calma. Essa é a coisa mais importante.”
Aliás, outro ex-tripulante que também já participou de uma viagem no Titan, Oisin Fanning, acrescentou à BBC News que conhece algumas das pessoas no submarino desaparecido e todas sabem como maximizar o suprimento de oxigênio, o que pode significar que ele irá durar mais que o previsto.
Com a comunicação perdida 1 hora e 45 minutos após sua partida, não é possível confirmar ainda o que aconteceu com o submarino. No entanto, especialistas trabalham com três hipóteses para o desaparecimento do Titan, são elas:
Dentre todos os possíveis desfechos, há uma única preocupação que dificulta, e muito, o resgate: a corrida contra o tempo. Além disso, segundo Alistair Greig, professor de Engenharia Marinha da University College London, a comunicação pela água é sempre desafiadora.
“A comunicação pela água é sempre muito difícil. Uma vez perdido o contato, é muito difícil localizar onde [a embarcação] está. Um dos grandes problemas da operação é que eles não sabem se olham para a superfície do Atlântico ou no fundo do mar. Pode estar em qualquer um dos dois lugares. ”
Entre outras dificuldades apontadas por especialistas, estão: submarino se movimentando de forma imprevisível e o fato de a tripulação não poder sair sozinha. Já que o submarino não pode ser aberto por dentro, apenas por fora.
Atualizado em 23/6 às 12h13
Fontes: cnn, g1, olhardigital