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04.01.2017 às 06:48

Opinião: Um 2017 sem corrupção

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Você deve estar pensando que este é um projeto impossível.

Mas, seria irresistível cortar a fila? Seria difícil demais dizer para o caixa que o troco veio errado? Seria impossível não apresentar o atestado médico para o patrão, sem ter ido ao médico ou ficado doente?

Seria necessário dizer “você sabe com quem está falando”? Seria inaceitável deixar de pedir para “dar um jeitinho”?

Estas e outras coisas mais é o que podemos deixar de fazer para tornar o 2017 sem corrupção.

Apontar para os políticos, tachá-los e “querer a cabeça deles”, nos fazem esquecer que antes de ocuparem os cargos que ocupam, eram apenas cidadãos como nós, e o mandato que passaram exercer não é escola de corrupção. Eles apenas ganharam visibilidade.

Quantas e quantas vezes gritamos que o político corrupto tem que ir para a cadeia, mas achamos absurdo quando nosso amigo ou parente é preso porque estava usando a carteira de habilitação falsa, ou furtando a empresa onde trabalha, ou dirigindo bêbado e pedindo para o “guarda” “aliviar”.

O político corrupto preso acaba sendo o bode expiatório que precisamos que nos tornar livres da corrupção no Brasil. Mas, este subterfúgio se fragiliza quando as gerações de corrupção vão se estabelecendo.

De algum lugar ela veio. Repito, não está ali à espera de um sujeito para chegar e exercê-la. É algo que veio com alguém.

Claro que embora não seja justificada sob nenhum ângulo, o nosso passado sócio-cultural-político colonial bacharelista traz, em alguma medida, uma explicação, que hoje tem que se prestar para a transformação de um povo que tem uma visão ética e moral mais crítica.

Povo que sabe que a corrupção é a autodestruição de uma sociedade. Fere violentamente o princípio da igualdade, com esta fórmula: “hoje saio ganhando, amanhã alguém ganha, depois muitos perdemos e uns poucos ganhamos”. Corrupção é isto!

Um 2017 sem corrupção está mais fácil do que você imagina.
 
 
FABIO FRANCISCO ESTEVES, juiz de direito e presidente da Associação dos Magistrados do Distrito Federal. Mestre em Direito pela UnB. Professor de Direito Constitucional e Administrativo da Escola da Magistratura do Distrito Federal.
 

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