Não durou muito o desejo dos clubes de seguirem com o Campeonato Sul-Mato-Grossense, mesmo sem torcedor nos jogos. Nesta quarta-feira (18), a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), em comunicado no site oficial da entidade, suspendeu a competição por tempo indeterminado, seguindo orientação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o que já havia sido feito em outros estados. A justificativa é a pandemia da COVID-19, evitando que a aglomeração de torcedores e o contato direto entre atletas e demais envolvidos na partida aumente a propagação da doença.

Na segunda, reunião entre a Federação e os clubes optaram pela realização das rodadas de ida e volta das quartas de final nos próximos dois finais de semana e depois, em novo encontro com os classificados, reavaliar a situação. A princípio, o presidente Francisco Cezário, sugeriu a paralisação da competição, o que não foi acatado pelos presidentes de clubes, que alegaram ter prejuízo financeiro ainda maior do que jogar sem torcedor. Essa decisão, porém, não durou dois dias.

Na nota que determina a suspensão do campeonato, assinada por Cezário, uma das justificativas, apesar da decisão anterior de se disputar os jogos com portões fechados, é "a necessidade momentânea de se evitar aglomerações em locais públicos". Agora, esse motivo é completado com a questão financeira e cultural relacionada ao futebol. "Realizar jogos sem a presença do torcedor prejudica os clubes financeiramente, mas, acima de tudo, impede a forma de lazer mais pura da população, que é o futebol", explica.

Clubes

O campeonato seguiria com oito clubes na fase de quartas de final. Aquidauanense, Águia Negra, SER Chapadão, Operário FC, EC Comercial, Costa Rica EC, Maracaju AC e Corumbaense FC são os classificados. Sem competição por tempo indeterminado, a tendência é que os clubes dispensem seus jogadores e também paralisem atividades até segunda ordem. Em Aquidauana, o técnico Mauro Marino disse que aguardam uma posição do presidente João Garcia ainda hoje, mas apoiou a decisão. "Tinha que paralisar mesmo", disse, resumidamente.

No Águia Negra, jogadores e comissão técnica serão liberados. "Vamos embora, é o que nos resta agora", disse o técnico Rodrigo Cassca. De acordo com o gerente de futebol, Virgílio Ferreira, o clube por enquanto não tem razão para permaner com as atividades. "Como não tem previsão de volta, vamos liberar os profissionais para que retornem às suas residências", completou.