O curso de Letras da unidade de Cassilândia da Universidade Estadual de mato Grosso do Sul (UEMS) iniciou neste mês de agosto o estágio supervisionado em Língua Portuguesa e em Língua Inglesa para 31 acadêmicos de Mato Grosso do Sul e Goiás. O estágio na modalidade remota proporcionou uma interação entre professores da UEMS e professores das redes municipal, estadual e, também, privada do município de Cassilândia.

“O estágio é de extrema relevância para o acadêmico de Letras por oportunizar ao acadêmico desenvolver não apenas a compreensão das teorias estudadas durante a graduação, mas também a sua aplicabilidade e reflexão sobre a prática docente nas dimensões sociais, intelectuais, políticas e afetivas”, diz a técnica Secretaria Municipal de Educação, Paola Barbosa Dias.

No total, 11 professores juntamente com diretores e coordenadores abriram as portas de suas salas de aulas virtuais para os acadêmicos de Letras. Para o acadêmico do 3° ano do curso, Wendili Souza Gonçalves, o estágio proporciona ver a realidade como professor na prática “quando chegar o dia de irmos para sala de aula, para atuarmos como professores, já teremos uma boa noção sobre o que fazer e como fazer o melhor para nossos alunos”, explica.
Embora professores, coordenadores e alunos estejam vivenciando um novo momento na educação e precisam incluir novas metodologias às práticas de ensino em decorrência da pandemia, as escolas foram parceiras e se juntaram às professoras da UEMS para contribuírem para a formação dos acadêmicos com a experiência dos profissionais e o contato, mesmo que virtual, com os alunos.

“ Por um lado, a escola colabora na assimilação da cultura profissional e na compreensão dos papéis dos professores e gestores e, de outro, o estagiário contribui com iniciativas que podem ser incorporadas à rotina escolar, construindo, assim, uma parceria de sucesso. É um prazer abrirmos as portas para a universidade e agradecemos a UEMS de Cassilândia pela parceria de sempre”, ressalta a coordenadora da Escola Evangélica, Regiane Patrícia Gonçalves.

Para a professora Juliane Ferreira Vieira, o estágio remoto trouxe desafios como a impossibilidade de encontrar pessoalmente os professores, os coordenadores e os diretores das escolas para dialogar e refletir sobre as práticas de ensino-aprendizagem e os encaminhamentos do estágio. A professora ainda reforça como é fundamental a Universidade dialogar com as escolas sempre, durante o ano todo, tendo-a como parceira e como colaboradora, o que fez toda a diferença ao buscar as vagas de estágios para seus alunos.

De acordo com o diretor da Escola Estadual Hermelina Barbosa Leal, Jonas Romão da Rocha, para a escola o estágio é o momento em que se pode contribuir para uma boa formação e preparação para o mundo do trabalho desenvolvendo as competências e as habilidades para o século XXI.
“ É também o momento em que podemos partilhar as nossas experiências com os estagiários. Acredito que assim teremos ótimos profissionais que posteriormente estarão trabalhando conosco, promovendo educação de qualidade e com responsabilidade”, finaliza o diretor.  

Já para a Professora, Averilda Silverio Ferreira Paimel, que há três anos recebe licenciandos do curso de Letras, o estágio é um momento de reciprocidade entre professor e estagiário. “ Todos ganham experiências que contribuirão para o ensino-aprendizagem dos estudantes. São esses momentos que os estagiários observam na prática a realidade de uma sala de aula. O professor que tem o privilégio de ter um estagiário em sua sala de aula poderá fazer a diferença em suas aulas, desde que saiba aproveitar essa troca de experiência, entre a teoria (estagiários) e a prática (professor) ”, conta.